sexta-feira, 27 de março de 2015

Filho de catadora de Lixo que foi aprovado em 1º Lugar no IFRN, ganha bolsa para estudar em Fortaleza/CE

Thompson Vitor foi 1º lugar geral no IFRN, mas se mudou para Fortaleza após receber oferta de bolsa (Foto: Jane Queiroz)
O estudante Thompson Vitor, de 15 anos de idade, que foi o 1º lugar geral no exame de seleção do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), alçou seu primeiro voo: se mudou para Fortaleza. Ele recebeu uma bolsa integral para estudar em uma escola privada da capital cearense, além de ajuda de custos e moradia. “Estou gostando muito daqui, a escola é muito boa, os professores são excelentes”, disse Thompson. Ele é filho de uma catadora de lixo e um pasteleiro e morava com a família em uma casa simples no Paço da Pátria, na Zona Leste de Natal. O garoto, que se tornou um exemplo na comunidade onde morava após ser aprovado em 1º lugar no IFRN, foi surpreendido com a oferta de uma bolsa de estudos da Organização Educacional Farias Brito ainda em fevereiro. “Eu tinha acabado de fazer minha matrícula no IFRN. Pensei bastante antes de aceitar porque sempre sonhei em estudar no IFRN, mas eu avaliei os perfis das duas escolas e o que eu teria quando saísse de uma e de outra. Pensei no meu futuro e escolhi vir pra cá”, contou Thompson. Assim que se mudou para Fortaleza, Thompson já começou a estudar. A rotina é puxada: de manhã Thompson reforça os estudos em casa e as aulas acontecem no período da tarde. Além da bolsa integral, a moradia também é custeada pela escola e todas as refeições são feitas na instituição. “Ele tem todo um acompanhamento psicológico e pedagógico por parte da instituição. As notas, o comportamento, o relacionamento com os demais alunos, tudo é acompanhado pela escola e informado para a família dele em Natal”, disse o supervisor pedagógico da Organização Educacional Farias Brito, professor Marcelo Pena. O professor explica que a escola investe em alunos com o perfil do Thompson: que buscam o mérito acadêmico, mas não teriam condições de pagar a mensalidade. De acordo com Marcelo Pena, em pouco tempo Thompson já mostrou que tem grande potencial. “Ele fez um texto que surpreendeu até o professor. É um menino extremamente capaz que vai voar longe”, disse. A escola é conhecida pelos altos índices de aprovação no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (Ita) e Thompson será preparado para ser mais um desses aprovados. “Esse ano eu pretendo fazer o vestbular do Ita como treineiro pra já ver como é. Vou estudar muito pra passar quando chegar a hora”, diss
 G1 RN

terça-feira, 10 de março de 2015

50 ANOS FAZENDO EDUCAÇÃO COM QUALIDADE

A Escola Estadual Nossa Senhora do Bom Conselho recebeu em sua casa alunos aprovados no vestibular/ Enem-2014/2015 para uma entrevista motivacional: Tema -Vitória:fruto colhido pelos que semeiam com sabedoria. Na oportunidade alunos interagiram com os ex-alunos fazendo perguntas relacionadas ao ingresso da universidade, dificuldades, alegrias, entre outras. Segue relação dos alunos, curso e faculdade. Eduardo G. Medeiros - Química-UFRPE Mayara Karoline - Química-UFRPE /VAST Talia de Melo-Ciências biológicas -UFRPE/VAST Vagner Gomes-zootecnia -VAST Juliana Nattany - Biomedicina -Santa Emília José Bruno - Direito- Unipe Felipe - Administração - FIS Larissa Nicacio -Gestão Ambiental - FIS Gessica Feitosa História-FAFOPST Lussandra Rodrigues - Química - UFRPE Wanessa Antas -zootecnia -UFRPE /VAST Elisson Soares - Direito - FIS Francisco de Assis - Engenharia Civil -Unipe Alany Kellen - odontologia - Unipe Carlos Rômulo - odontologia -Fip Naruna Elizabeth - Fisioterapia -Unipe Cícero Jorge -zootecnia - UFRPE Luana Torres -ciências biológicas -UFRPE Nossos parabéns e boa sorte a todos.


domingo, 1 de março de 2015

Professor no Brasil perde 20% da aula com bagunça na classe, diz estudo



Pesquisa da OCDE aponta que 60% dos docentes têm alunos-problemas. Brasil lidera 'ranking' de intimidação verbal entre alunos e professores.
Por Paulo Guilherme
Do G1, em São Paulo


Professor perde muito tempo colocando a classe em ordem (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Professor perde muito tempo colocando a classe em ordem (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Uma pesquisa feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que no Brasil o professor perde 20% do tempo de aula acalmando os alunos e colocando a classe em ordem para poder ensinar. Além disso, o estudo aponta que 60% dos professores brasileiros ouvidos têm mais de 10% de alunos-problemas em sua sala de aula, o maior índice entre os países participantes do estudo.
A pesquisa Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Teaching and Learning Internacional Survey, Talis, na sigla em inglês) ouviu professores de 33 países.
O estudo aponta que no Brasil o professor perde 20% do tempo para por a classe em ordem e acabar com a bagunça, 13% do tempo resolvendo problemas burocráticos e 67% dando conteúdo. É o país que onde o professor mais perde tempo de aula. A média dos países da OCDE é de 13% do tempo para acabar com a bagunça.
O estudo perguntou aos professores se eles têm mais ou menos de 10% de alunos problemáticos na classe. O Brasil teve 60% dos docentes apontando terem mais de 10% de estudantes problemáticos. Chile, México e Estados Unidos aparecem depois. Na outra ponta, Dinamarca, Croácia, Noruega e Japão têm menos relatos de professores sobre alunos com mau comportamento.
Os dados foram levantados em 2013 com alunos do ensino fundamental e ensino médio (alunos de 11 a 16 anos), mas um relatório sobre a questão de comportamento dos alunos foi divulgado este ano. No Brasil, 14.291 professores e 1.057 diretores de 1.070 escolas completaram o questionário da pequisa.
A pesquisa Talis coleta dados sobre o ambiente de aprendizagem e as condições de trabalho dos professores nas escolas de todo o mundo. O objetivo é fornecer informações que possam ser comparadas com outros países para que se defina políticas para o desenvolvimento da educação.
VEJA ALGUNS DADOS DA PESQUISA:
Tempo para por a classe em ordem
No Brasil o professor perde 20% do tempo para acalmar os alunos, dar broncas e colocar a classe em ordem. A média da OCDE é de 13%.

Aluno que chega atrasado
Este não chega a ser um grande problema em comparação a outros. O índice no Brasil é de 51,4%, menor que a média dos países, de 51,8%. Países mais desenvolvidos têm alunos que atrasam mais, como Finlândia (86,5%), Suécia (78,4% Holanda (75,7%), Estados Unidos (73,3%) e França (61,6%).
Falta às aulas
Também o Brasil está na média, com 38,4%. Suécia (67,2%), Finlândia (64%) e Canadá (61,8) têm números maiores. O menor índice é da República Checa (5,7%).
Vandalismo e roubo
O Brasil está em segundo lugar neste item, com 11,8% dos relatos dos professores, atrás do México, líder com 13,2% e à frente da Malásia, com 10,8%.
Intimidação verbal entre alunos
O Brasil lidera a pesquisa com 34,4% dos relatos de professores, seguido pela Suécia (30,7%) e Bélgica (30,7%).
Ferimentos em briga de alunos
O maior índice é do México (10,8%), seguido por Chipre (7,2%) e Finlândia (7%). O Brasil aparece em quarto com 6,7%.
Intimidação verbal de professores
O Brasil é primeiro lugar com 12,5%. Em seguida vem a Estônia (11%).
Uso e posse de drogas e/ou álcool
Nos relatos, o Brasil tem o mais índice (6,9%), seguido pelo Canadá (6%).
Formação do professor
A pesquisadora Gabriela Moriconi, da Fundação Carlos Chagas, participou do levantamento. Ela também fez pesquisas em Ontário, no Canadá, e na Inglaterra, e percebeu que a formação dos professores é melhor nestes países.
Ainda de acordo com o estudo, no Brasil, mais de 90% dos professores dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior, mas cerca de 25% não fizeram curso de formação de professores. Em comparação, no Chile aproximadamente 9 entre 10 professores concluíram tais cursos, assim como quase todos os professores na Austrália e em Alberta (Canadá).
"No Brasil, por problemas de salários e outras atividades, se coloca um professor que não foi preparado para dar aquela disciplina. Além disso, a média no Brasil é de 31 alunos por classe, enquanto nos outros países é de 24 alunos", destaca Gabriela.
Segundo ela, é preciso criar um sistema de planejamento de políticas de apoio às escolas e aos professores para lidar com alunos que estão se desenvolvendo. "Todo mundo entende que na pré-adolescência os estudantes testam seus limites e estão aprendendo a ser autônomos", afirma a pesquisadora. "Antes de acharmos que nosso aluno é preciso ver que em outros países os estudantes têm muito apoio que no nosso não tem."
Em seu relatório, a pesquisadora conclui que "a construção de uma cultura escolar positiva pode ser uma forma de reduzir problemas de comportamento e absentismo, e, portanto, melhorar as condições de aprendizagem dos alunos". "Uma maneira de criar um ambiente mais positivo é envolver os alunos, pais e professores nas decisões da escola. Professores que trabalham em escolas com um maior nível de participação entre as partes interessadas têm menos relatos de alunos com problemas de comportamento em suas salas de aula."